Terminei ontem à noite de ler o tão falado livro de Dan Brown - O Código Da Vinci.
Talvez porque a minha expectativa era já muito elevada pela fama que o livro já tinha alcançado, ou porque os factos históricos relevantes em que o livro assenta não são nada disso - factos históricos - antes fazem parte da teia ficcionista criada pelo autor, ou simplesmente porque não o li todo de uma leva mas com algumas interrupções, o que é certo é que numa escala de 1 a 5, a minha classificação é de 3,75.
Parece-me que o sucesso do livro é sustentado por três pontos principais:
1. A sua estrutura narrativa - o livro está escrito em capítulos que se assemelham com cenas de um filme, em que ao chegarmos ao fim de cada capítulo ficamos curiosos em prosseguir e descobrir o que o próximo capítulo nos traz;
2. Os factos supostamente históricos em que o enredo do livro assenta - Dan Brown misturando ficção e factos históricos (mais a primeira que os segundos) coloca em causa a existência e razão de ser da Igreja Católica, bem como as verdades propagadas por esta sobre a vida de Cristo. Interessante da perspectiva da ficção literária, da perspectiva da verdade histórica deixa muito a desejar. Para o inculto na história do Cristinanismo, os factos que Dan Brown apresenta surgem como a última revelação, mas não é assim;
3. O livro é predominantemente objectivo - o autor apresenta-nos um romance em que o conteúdo consiste quase na totalidade na descrição de uma acção que decorre num período relativamente curto (numa noite e um dia, exceptuando o último capítulo do livro e o epílogo), não havendo lugar para subjectividade ou relatividade na escrita, bem como na apresentação dos tais factos supostamente históricos que já mencionei.
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