pedi aqui ajuda para descobrir o autor de uma frase que li há algum tempo e que dizia mais ou menos isto "não se escreve sobre o que se pensa, antes pensa-se sobre o que se escreve". Julgando pela ausência das respostas deduzo que aqueles que leram o meu apelo simplesmente não me conseguiram ajudar. De qualquer maneira, aos que tentaram, obrigado.
Neste ponto, e não tendo descoberto o autor da frase, já não sei ao certo se fui eu que a li em algum lugar ou se simplesmente me surgiu em meio a muitos outros pensamentos e talvez eu tenha ficado com a ideia que a li quando assim não foi. Sinceramente, não sei.
Sei, isso sim, que a frase em questão tem muito de verdade. "Não se escreve sobre o que se pensa, antes pensa-se sobre o que se escreve." Escrever é de facto uma forma de pensar. Ou pelo menos, uma forma de elaborar e precisar o pensamento. Como diz Francis Bacon "o hábito de escrever torna o homem exacto."
Começa-se por vezes a escrever apenas com uma ideia, um pensamento que encontram o seu desenvolvimento, fundamentação (ou talvez não) e expressão quando se escreve sobre isso. Penso que todos aqueles que escrevem, seja apenas por gosto, seja por obrigação profissional ou decorrente de algum compromisso assumido, poderão confirmar que é assim.
“O hábito de ler torna o homem completo, o hábito de falar torna-o preparado, o hábito de escrever torna-o exacto.” (Francis Bacon)
sábado, janeiro 29, 2005
Por vezes,
durante um período de leitura, preciso fazer como quando bebemos algo que realmente apreciamos: fazer uma pausa e saborear. As palavras, neste caso.
domingo, janeiro 23, 2005
Há algum tempo atrás
li uma frase que dizia mais ou menos isto "não se escreve o que se pensa, antes pensa-se sobre o que se escreve".
Pensei que a tinha lido no livro O Regresso a que faço referência aqui, mas após efectuar uma busca ao documento em Word, verifiquei que não foi. Logo pensei que talvez tivesse sido no Ene Coisas mas também o Luis me confirmou que não foi.
Àqueles que lêem estas palavras, deixo o meu apelo por auxílio para saber quem é o autor da referida frase.
Pensei que a tinha lido no livro O Regresso a que faço referência aqui, mas após efectuar uma busca ao documento em Word, verifiquei que não foi. Logo pensei que talvez tivesse sido no Ene Coisas mas também o Luis me confirmou que não foi.
Àqueles que lêem estas palavras, deixo o meu apelo por auxílio para saber quem é o autor da referida frase.
sábado, janeiro 15, 2005
Citando Ernesto Sabado,
o Luis coloca a questão Por que se escreve?
Lendo Quartzo, Feldspato & Mica, adaptando estas palavras, eu diria que:
Mas os verdadeiros escritores são aqueles que escrevem
por escrever; corações ligeiros, semelhantes a rios,
da sua fatalidade jamais escapam,
e, sem saber porquê, dizem sempre: escrevamos!
Lendo Quartzo, Feldspato & Mica, adaptando estas palavras, eu diria que:
Mas os verdadeiros escritores são aqueles que escrevem
por escrever; corações ligeiros, semelhantes a rios,
da sua fatalidade jamais escapam,
e, sem saber porquê, dizem sempre: escrevamos!
sexta-feira, janeiro 14, 2005
No caminho que percorria
Ele olhou para o lado
E logo percebeu que estava só
Olhou mais uma vez surpreso
Procurando pelos ainda poucos
Que há momentos ainda o acompanhavam
Com uma resignação que até estranhou em si
Compreendeu que estava sozinho
E nessa condição teria de prosseguir
Porque há caminhos na vida em que o trilho
É apenas de cada um.
E logo percebeu que estava só
Olhou mais uma vez surpreso
Procurando pelos ainda poucos
Que há momentos ainda o acompanhavam
Com uma resignação que até estranhou em si
Compreendeu que estava sozinho
E nessa condição teria de prosseguir
Porque há caminhos na vida em que o trilho
É apenas de cada um.
sábado, janeiro 08, 2005
Um normal sábado de manhã
é o que se chamaria ao dia de hoje no centro da cidade de Lagos.
Sentei-me num banco e observei; olhei à minha volta e deixei-me reparar nas pessoas, nos rostos, nas casas, nas árvores, nos pássaros, enfim, olhei à minha volta e simplesmente deixei-me reparar no que me rodeava.
A fila dos táxis em que saía o da frente com algum cliente para todos avançarem um lugar, os motoristas que se ajuntavam junto do carro deste ou daquele colega conversando sobre tudo e sobre nada (por certo muitas das conversas seriam em torno do derby desta noite entre Sporting e Benfica), estrangeiros sentados nas esplanadas dos cafés saborando o sol que com os seus raios fazia subir um pouco a temperatura que a ausência de chuva tem mantido baixa, pessoas que passavam vindas da praça do peixe carregando os seus sacos com peixe e legumes dirigindo-se para casa a fim de cozinharem o que durante a semana não têm tempo para cozinhar, alguns toxicodependentes por ali estavam sem nada fazer como que à espera do inesperado, os carros passavam na avenida, uns em passeio, outros em trabalho. E eu ali estava, permitindo-me reparar. E mais uma vez constatando que me faz bem parar e olhar à minha volta, olhar os outros.
Sentei-me num banco e observei; olhei à minha volta e deixei-me reparar nas pessoas, nos rostos, nas casas, nas árvores, nos pássaros, enfim, olhei à minha volta e simplesmente deixei-me reparar no que me rodeava.
A fila dos táxis em que saía o da frente com algum cliente para todos avançarem um lugar, os motoristas que se ajuntavam junto do carro deste ou daquele colega conversando sobre tudo e sobre nada (por certo muitas das conversas seriam em torno do derby desta noite entre Sporting e Benfica), estrangeiros sentados nas esplanadas dos cafés saborando o sol que com os seus raios fazia subir um pouco a temperatura que a ausência de chuva tem mantido baixa, pessoas que passavam vindas da praça do peixe carregando os seus sacos com peixe e legumes dirigindo-se para casa a fim de cozinharem o que durante a semana não têm tempo para cozinhar, alguns toxicodependentes por ali estavam sem nada fazer como que à espera do inesperado, os carros passavam na avenida, uns em passeio, outros em trabalho. E eu ali estava, permitindo-me reparar. E mais uma vez constatando que me faz bem parar e olhar à minha volta, olhar os outros.
Enquanto viajava de carro
há algumas horas atrás, ocorreu-me uma breve história, que segue assim:
"Ele iniciou caminho apenas porque já não suportava ali ficar de tão aborrecido que estava. Partiu sem destino definido. Encontrou muitas adversidades ao longo do percurso até que chegado não se sabe aonde viu-se na necessidade de parar e reflectir, olhando para o caminho já percorrido. Chegou à conclusão que não deveria ter encetado aquela viagem. Melhor seria nunca ter saído de onde estava, teve de admitir."
Assim me parece ser a vida de muitos.
"Ele iniciou caminho apenas porque já não suportava ali ficar de tão aborrecido que estava. Partiu sem destino definido. Encontrou muitas adversidades ao longo do percurso até que chegado não se sabe aonde viu-se na necessidade de parar e reflectir, olhando para o caminho já percorrido. Chegou à conclusão que não deveria ter encetado aquela viagem. Melhor seria nunca ter saído de onde estava, teve de admitir."
Assim me parece ser a vida de muitos.
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