sento-me no crepúsculo do fim da tarde,
cansado da suposta vida de plenitude
e é neste instante que o livro aparece
rodeado pela necessidade intensa do
enternecimento. percorro as lombadas dos
tomos que fui comprando e recordo aventuras
passadas na impossibilidade das letras nestes
apaixonados momentos de solidão sinto
o vício do toque do papel, a procura insana e
inócua que existe no desfolhar das folhas
cobertas de sonhos e procuro as minhas vivências
na impossibilidade da leitura onde vou refazendo
sonhos nos sonhos forjados dos escritores encapados.
- Rui Miguel Rocha
Sem comentários:
Enviar um comentário