quinta-feira, abril 14, 2005

Nas duas quadras

do soneto de Florbela Espanca intitulado Mocidade lemos o seguinte:

A mocidade esplêndida, vibrante,
Ardente, extraordinária, audaciosa,
Que vê num cardo a folha de uma rosa,
Na gota de água o brilho de um diamante;

Essa que fez de mim Judeu Errante
Do espírito, a torrente caudalosa,
Dos vendavais irmã tempestuosa,
- Trago-a em mim vermelha, triunfante!

Estes versos fizeram-me lembrar os chamados turistas de pé descalço, mal vestidos, sujos, a cheirar mal, de mochila às costas, sem destino certo e sem poiso, raramente sozinhos, que se deixam ver em Lagos e noutras cidades por este Algarve fora.

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