do soneto de Florbela Espanca intitulado
Mocidade lemos o seguinte:
A mocidade esplêndida, vibrante,Ardente, extraordinária, audaciosa,Que vê num cardo a folha de uma rosa,Na gota de água o brilho de um diamante;Essa que fez de mim Judeu ErranteDo espírito, a torrente caudalosa,Dos vendavais irmã tempestuosa,- Trago-a em mim vermelha, triunfante!Estes versos fizeram-me lembrar os chamados turistas de pé descalço, mal vestidos, sujos, a cheirar mal, de mochila às costas, sem destino certo e sem poiso, raramente sozinhos, que se deixam ver em Lagos e noutras cidades por este Algarve fora.