quinta-feira, setembro 30, 2004

Contos

Descobri recentemente a maravilha do conto. Tudo começou com uma recomendação feita por José Pacheco Pereira quando comentava no Jornal da Noite na SIC aos Domingos à noite. A recomedação era sobre uma revista de contos chamada Ficções. Fui ao site dessa revista, fiquei a conhecer o projecto e foi desperta em mim a curiosidade por este género literário. Desde essa altura até agora, já adquiri alguns exemplares da revista Ficções bem como outros livros de contos. E estou encantado com o casamento que tenho encontrado entre a ficção e a brevidade.
Quando me apetece ler ficção que não seja um longo romance, posso ler um conto.
Quando estou a ler um romance, mas apetece-me variar a história, posso ler um conto.
Quando tenho apenas alguns minutos para ler, posso ler um conto.
Quando tenho muito tempo para ler, posso ler dois, três ou mais contos.
Pela sua brevidade, este género literário, considerado por alguns de somenos importância, pode atrair à leitura aqueles que não têm paciência nem tempo para ler um livro completo.
Saber escrever um conto é uma arte tão bela como escrever um romance porque, como diz Clara Ferreira Alves, um romance não é senão um conjunto de contos.

terça-feira, setembro 28, 2004

Early Blogging

“Aqui termina o mundo”, diz o cego ao tocar na parede. - Provérbio grego

*

Bom dia!

segunda-feira, setembro 27, 2004

Early Blogging

Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.

(Eugénio de Andrade)

*

Bom dia!

domingo, setembro 26, 2004

Que magnífico

fim de tarde, o de hoje! A temperatura estava amena, uma leve neblina pairava sobre a água do mar, não sem uma certa humidade um pouco fora do normal para esta altura do ano. O sol já na sua força decadente iluminava sem ferir, o vento soprava em outro lugar qualquer que não ali. E a nós, era-nos dado desfrutar de uma paz reinante neste fim de tarde de Setembro.

Palavras menos comuns

Li recentemente o conto Agosto Azul de Manuel Teixeira Gomes e deparei-me com uma série de palavras menos comuns na nossa linguagem do dia a dia. Eis algumas:

amodorra-se,
paneiros,
haurimos,
irrefragável,
surriola,
chusma,
imberbes,
inchario,
marujama,
glabro,
drapeje,
esmo,
carcomidas,
brunidos,
umbroso,
remanso,
lôbregas,
glaucas,
arminhos,
congro,
coleia,
recrudescem,
cambraias.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Early Blogging


"Se"

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

*

Bom dia!

quarta-feira, setembro 15, 2004

Early Blogging


Eu sou a concha das praias
Que anda batida da onda
E, de vaga em outra vaga,
Não tem aonde se esconda.
Mas se um menino, da areia
A colher e a for guardar
No seio... ali adormece
E é ali seu descansar.
Pois sou a concha da praia
Que anda batida da onda...
Sê tu esse seio infante,
Aonde a triste se esconda!

Eu sou quem vaga perdido,
Sob o sol, com passo incerto,
Contando por suas dores
As areias do deserto.
Mas se um palmar, no horizonte,
Se vê, súbito, surgir,
Tem ali a tenda e a fonte
E é ali o seu dormir.
Pois sou quem vaga perdido,
Sob o sol, com passo incerto...
Sê tu sombra de palmeira,
Sê-me tenda no deserto!

Sou o peito sequioso
E o viúvo coração,
Que em vão chama, em vão procura
Outro peito, seu irmão.
Mas se avista, um dia, a alma
Por quem andou a chamar,
Tem ali ninho e ventura
E é ali o seu amar.
Pois sou quem anda chorando
À procura dum irmão...
Sê tu a alma que me fale,
Inda uma hora ao coração!

(Antero de Quental)

*

Bom dia!

terça-feira, setembro 14, 2004

Curiosidade

O som que ouvimos quando encostamos um búzio ao ouvido não é mais do que o eco da nossa própria corrente sanguínea. Fantástico, não é?

Curiosidade

O som que ouvimos quando encostamos um búzio ao ouvido não é mais do que o eco da nossa própria corrente sanguínea. Fantástico, não é?

segunda-feira, setembro 13, 2004

Early Blogging

“Pensa como um sábio mas exprime-te como um homem comum.” (William Butler Yeats)



“Alguns problemas da vida são para serem resolvidos, outros são para serem suportados.” (Desconhecido)



“É melhor ficar esgotado do que enferrujado.” (George Whitefield)



“É bom contentarmo-nos com o que temos, mas nunca com o que somos.” (James Machintosh)



*



Bom dia!

Early Blogging

“Pensa como um sábio mas exprime-te como um homem comum.” (William Butler Yeats)

“Alguns problemas da vida são para serem resolvidos, outros são para serem suportados.” (Desconhecido)

“É melhor ficar esgotado do que enferrujado.” (George Whitefield)

“É bom contentarmo-nos com o que temos, mas nunca com o que somos.” (James Machintosh)

*

Bom dia!

sexta-feira, setembro 10, 2004

Early Blogging



Os versos que te fiz



Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que a minha boca tem para te dizer!

São talhados em mármore de Paros

Cinzelados por mim pra te oferecer.



Tem dolência de veludos caros,

São como sedas pálidas a arder...

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que foram feitos pra te endoidecer!



Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...

Que a boca da mulher é sempre linda

Se dentro guarda um verso que não diz!



Amo-te tanto! E nunca te beijei...

E nesse beijo, Amor, que eu te não dei

Guardo os versos mais lindos que te fiz!



(Florbela Espanca)



*



Bom dia!

Early Blogging


Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem para te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

(Florbela Espanca)

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Bom dia!

quarta-feira, setembro 08, 2004

Literatura portuguesa

Reconheço que as minhas leituras e cultura literária sofrem de um défice no que respeita a literatura portuguesa. Apercebi-me disso há pouco tempo ao ler este post no Abrupto sobre Os Vinte Livros Portugueses.

Para aqueles que, tal como eu precisam de alguma ajuda para descobrir a nossa vasta riqueza literária, eis uma selecção de obras escritas exclusivamente por portugueses. Um trabalho de Fernando Pinto de Amaral, que tem como home page a página do Instituto Camões.

Literatura portuguesa

Reconheço que as minhas leituras e cultura literária sofrem de um défice no que respeita a literatura portuguesa. Apercebi-me disso há pouco tempo ao ler este post no Abrupto sobre Os Vinte Livros Portugueses.
Para aqueles que, tal como eu precisam de alguma ajuda para descobrir a nossa vasta riqueza literária, eis uma selecção de obras escritas exclusivamente por portugueses. Um trabalho de Fernando Pinto de Amaral, que tem como home page a página do Instituto Camões.